quinta-feira, 21 de junho de 2012

All of time and space; everywhere and anywhere; every star that ever was. Where do you want to start?

Pense em algo que você goste muito, mas não sabe explicar o porque. Quem não conhece acha um pouco estranho, e você até entende porque antes você achava a mesma coisa.
Talvez seja assim para a maioria dos fãs de Doctor Who. É sem dúvida uma das melhores séries que existem, mas ninguém consegue encontrar palavras dignas para explicar. Mas, bom, quem gostar de ficção ciêntifica, viagens no tempo, História, humor e ainda por cima sacadas inteligentes, encontrou a série perfeita.

Doctor Who começou a ser exibida em 1963 pela BBC, sem muitos recursos e dinheiro para investir em cenário e "efeitos" por exemplo (o que já era precário na época, então dá para imaginar como a série era), mas com a ideia central de ensinar aos telespectadores sobre História através das viagens no tempo feitas pelo Doctor. Mas além disso, a serie criou alienígenas e se aventurou no futuro também, chegando à essência de DW de hoje. (Essência essa que a fez ser considerada a serie de ficção científica de mais sucesso além da mais longa de todos os tempos.)

A série gira em torno do Doctor, um viajante do tempo com dois corações da raça dos Timelords/Lordes do Tempo de origem do planeta Gallifrey. Ele já passou dos seus 900 anos, mas já teve várias aparências, na verdade 11: quando correm risco de vida, os Lordes do Tempo se regeneram como uma forma de "trapacear" a morte. Todos os 11 doctors que já houveram até hoje são na verdade a mesma pessoa, mas com 11 personalidades diferentes.
O porque disso? Bom, para a série sobreviver por tanto tempo a essência dela não podia morrer, ou seja, o Doctor. Assim, sempre quando um ator precisa passar o bastão a outro, uma nova regeneração do timelord acontece.

todos os Doctors, do 1° ao 11°, na ordem ;)


O Doctor é o ultimo de sua espécie, o que o faz parecer bem solitário. Mas não por muito tempo, na verdade. Em suas viagens pelo tempo e espaço ele sempre leva uma simples humana (na maioria das vezes) como companheira em suas aventuras.
Algumas vezes ele viaja apenas por diversão, mas o fato é que em qualquer planeta que ele apareça seja qual época for, sempre tem algo que ele precise fazer para salvá-lo. E assim, esse cara de 900 anos que mais parece um garoto extremamente inteligente e sábio, onde quer que passa deixa admiradores e inimigos também (como nossos queridos Daleks, entre outros).

Ah! e é claro, além das companions o Doctor tem duas outras parceiras inseparáveis.
A primeira é a sua Tardis, acrônimo de "tempo e dimensão relativa no espaço" (Time And Relative Dimension In Space). A Tardis nada mais é que a nave de um timelord, a qual o possibilita viajar para outro lugar/planeta, passado ou futuro. Originalmente toda nave dessa possui um sistema chamado Circuito Camaleão que faz com que sua aparência mude de acordo com o lugar e tempo do destino final. É como uma forma de camuflagem; ela se tornaria algum "objeto" comum ao cenário. Mas antes mesmo da série começar os produtores perceberam que uma mudança tão constante iria demandar muitos gastos, e o investimento já era escasso. Desse jeito, o Circuito Camaleão da Tardis do Doctor travou no modelo cabine  policial telefônica da década de 60 (bem charmosa, vamos ser sinceros) e permanece assim até hoje, sendo também uma marca da série. Ah, e mais um pequeno detalhe: "it's bigger on the inside". Faz parte da tecnologia 'gallifreyniana' onde, a nave de um timelord é sempre bem maior por dentro do que de fora.
A segunda é a sua chave de fenda sônica. Isso mesmo. Ele carrega ela para tudo quando é lado e é um objeto faz tudo e funciona em qualquer coisa - menos em madeira.


por fora e por dentro da TARDIS

E por último, porquê Doctor?
Bom, não se sabe muito ao certo. Todo timelord tem um "apelido", um codinome, vamos dizer assim. Doctor talvez seja porque ele está sempre tentando ajudar as pessoas, tentando dar um jeito na situação, concertar as coisas em prol de outras boas. Assim como um dos vilões da série também tem o seu próprio, o Master. Eles escondem seus nomes verdadeiros, talvez como uma forma disso não ser usado contra eles. E aí está uma das melhores coisas da série: todo o mistério que ronda o personagem principal.

(Doctor... quê Doctor? Doctor quem?)

A série clássica contou com 8 de todos os Doctors. Fez parte da infância de muitos britânicos, assim como a série atual conquistou uma nova geração de fãs. Não é preciso conhecer a série clássica para entender a que teve início em 2005, mas é interessante ver como o Doctor mudou a medida que passava cada vez mais tempo em convívio com os humanos. Do arrogante interpretado por William Hartnell até o mais pancadinha (me desculpa, não resisti) do Matt Smith.

(Depois vou fazer mais duas postagens, um com os Doctors e as companions da série atual e talvez outro com os da série clássica)

Eu levando minha vidinha sem graça e de repente um cara maluco com uma cabine telefônica azul aparece e diz "quer fazer uma viagem? Todo o tempo e espaço, qualquer lugar. É só escolher." *0* Eu largaria tudo e iria com ele rs


Atualmente DW finalizou a 6ª temporada e volta ainda no final desse ano, com o início da 7ª. Entre as novidades que vêm por aí, Steven Moffat (o produtor e troll da série) nos garantiu nova companion e possíveis participações de antigos personagens no aniversário de 50 anos da série, que vai ao ar na Inglaterra em 2013.



p.s.: adoro falar sobre meu "fantastic" e "brilliant" amigo, então podem ir esperando mais de DW por aí hehe
p.s.2: me desculpem se tiver ficado um pouco confuso... (foi só uma introdução "básica")

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Por Zárquon!

Imagine:
Você acorda sem esperar muito do seu dia, acreditando que ele será incrivelmente sem graça, como sempre. Mas depois de alguns minutos você sente que tem alguma coisa de errado... algo que não consegue lembrar, com vagas formas amarelas passando como lembretes pela sua cabeça. E então você percebe que essas "formas amarelas" são máquinas mandadas pela prefeitura para demolir sua casa com o intuito de criar uma via expressa. Seu dia aparentemente normal se torna então um inferno, e você coloca todos os seus esforços para impedir que a demolição seja feita.
Até que o seu amigo um pouco estranho aparece nervoso e te diz que a Terra vai acabar em menos de 10 minutos.
E você pensa: "hoje deve ser quinta. Eu nunca entendi qual é a das quintas." 

Sua vida nunca mais será a mesma. Agora você é uma das duas únicas pessoas  sobreviventes de um "planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande ideia".

Essa é a história de Arthur Dent, que com Ford Prefect (seu amigo que na verdade é um Betelgeuseano que veio à Terra fazer pesquisas para o Guia do Mochileiro das Galáxias e e ficou preso no planeta por 15 anos) pega uma carona em uma nave Vogon e escapa do fim do planeta Terra. Após serem expulsos pela patrulha Vogon, os dois acabam sendo capturados pelo Gerador de Improbabilidade Infinita da nave Coração de Ouro, onde encontram Zaphod Beeblebrox (com duas cabeças mas sempre charmoso), Trillian (a segunda última humana sobrevivente) e Marvin o Androide Paranóide (pessimista e depressivo, com PHG - personalidade humana genuína - e um cérebro do tamanho de um planeta), com quem vão passar juntos pelas aventuras mais loucas de suas vidas.
Não é de se admirar ver Arthur tão confuso o tempo todo.
Assim como também não é de se admirar ver Zaphod transbordando empolgação (sou só eu que imagino ele assim?).

Mas atenção, existem duas coisas de extrema importância para qualquer pessoa que queira se aventurar em viagens interestelares:
 - uma toalha;
 - e O Guia do Mochileiro das Galáxias, que contem na capa em letras garrafais e amigáveis a frase "não entre em pânico".








Tudo começou como um programa de rádio transmitido pela BBC em 1978 antes que as ideias mirabolantes de Adams passassem para o papel, teatro e serie de tv, entre outros. O Guia do Mochileiro das Galáxias também virou filme, em 2005, com Martin Freeman (Arthur), Zooey Deschanel (Trillian), Sam Rockwell (Zaphod), Mos Def (Ford) e Alan Rickman (voz do Marvin). O sexto volume da coleção foi lançado após a morte de Douglas, escrito por Eoin Colfer (autor de Artemis Fowl).

Os livros têm histórias distintas entre si e tão malucas que só lendo mesmo para entender. O autor mistura as aventuras de seus personagens com críticas e humor ácido e irônico sobre a humanidade e seus "costumes" (algumas difíceis de se perceber no começo, mas uma leitura mais atenciosa os coloca à tona), criando uma das sagas mais geniais que já existiu. A série Doctor Who atual (já já falo sobre ela), por exemplo, teve influências do Guia do Mochileiro das Galáxias, e até teve alguns episódios das series clássicas escritos por Douglas. O episódio 7 da 3° temporada se chama "42" em referência à questão fundamental sobre "A Vida, o Universo e Tudo Mais". Outros exemplos são os títulos Paranoid Android, música do Radiohead, que se refere ao personagem Marvin, o Andróide Paranóide devido ao tom depressivo da música; e da música do Coldplay, também com o título "42".

Os fãs até ganharam o Dia da Toalha, celebrado na mesma data do Dia do Orgulho Nerd. Na verdade a data do primeiro surgiu duas semanas após a morte de Douglas Adams em 2001, como uma forma de homenagem, enquanto o segundo representa toda a cultura geek (me corrijam se eu estiver errada), além de ter sido a data de lançamento do filme Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança nos cinemas em 1977.

Bom, esse é o pouco que conheço sobre os livros e o autor. Mas desse pouco que conheço, recomendo: pegue sua toalha, se jogue pela Galáxia e reflita. Você vai se identificar com algumas questões colocadas no enredo (mesmo que ocultas) e no final você vai querer simplesmente sair por aí, explorando o Universo e tentando entendê-lo (mesmo que esse "universo" seja o nosso próprio planetinha verde-azulado e tudo o que se passa pela acomodada e estranha mente dos humanos).




“A história do Guia do Mochileiro das Galáxias é feita de idealismo, lutas, desespero, paixão, sucesso, fracasso e pausas para almoço absurdamente longas.”

sábado, 16 de junho de 2012

"Nunca houve dois corações mais abertos, nem gostos mais semelhantes, ou sentimentos mais em sintonia"

Um dos meus estilos favoritos na literatura é o romance de época; talvez por conta do conservadorismo e dos costumes, os sentimentos dos personagens desses livros pareciam mais intensos que os de hoje. O romance se manifestava através de um olhar, de gestos, de uma curta conversa. Esse tipo de livro nos faz perceber o quanto a sociedade e seus valores mudaram, mas que mesmo assim as críticas feitas ao caráter humano naquela época de alguma forma se encaixam nos dias atuais.
Apesar de realmente gostar desse tipo de romance, tudo o que conheço se resume especialmente á Jane Austen. Só cheguei a ler Orgulho e Preconceito, mas sempre que pego um romance procuro as características dela no livro. Jane não se limita à histórias de amor da época; ela também criou personagens de personalidades fortes, e abordou temas mostrando sua opinião em relação à sociedade, misturando sentimento e razão/crítica em suas obras.
Não li todos os livros, mas procuro ver as adaptações para o cinema e para tv. Tenho certeza que algumas ficaram boas o bastante para homenagear o trabalho de Austen (e, bom,  só aumentaram minha vontade de conhecer mais sobre a escritora).

As adaptações mais famosas são:


Orgulho e Preconceito
No romance mais reconhecido da autora, Elizabeth e Jane, filhas mais velhas do Mr. Bennet, veem os esforços da mãe que tenta arranjar bons casamentos para as filhas para que essas encontrem conforto após a morte do pai (como são todas mulheres, se o Mr. Bennet morrer a casa pode passar para o parente homem mais próximo, que seria o Mr. Collins). Com a chegada de novos moradores á Netherfield, Jane acaba se apaixonando por Mr. Bingley, enquanto Elizabeth se vê intrigada com Mr. Darcy, um homem com a aparência arrogante.
E, bom, o resto da história todo mundo conhece né?

1995 - BBC minissérie
Com 6 episódios, conta com os atores Colin Firth (Mr. Darcy) e Jennifer Ehle (Elizabeth). Dizem que é a melhor versão da obra; bom, não posso dizer nada porque ainda não tive oportunidade de ver, mas se tratando de uma produção da BBC dá para entender as notas altas que essa versão recebe.









2005 - Direção de Joe Wright
Meu preferido entre todas as adaptações da Jane que já vi, foi por ele que conheci a autora. É um filme produzido para cinema com Keira Knightley (Elizabeth) e Matthew MacFadyen (Mr. Darcy), além de outros atores que a gente acaba encontrando por aí (Kitty foi o primeiro papel da Carey Mulligan). Possui um final alternativo, mais romântico, para agradar o público americano.







Lost in Austen (2008)


Esse é mais uma ou menos um "sonho-de-todo-fã". Na verdade, é uma minissérie de 4 capítulos da ITV onde Amanda Price encontra uma passagem secreta no seu banheiro que a leva até a casa dos Bennets. Ela acaba ficando presa em Longbourn como uma amiga de Elizabeth, enquanto esta permanece no mundo real. Amanda tem de lidar à sua maneira para que a história do seu livro preferido termine como tem de ser, mesmo que sua presença tenha mudado o rumo dos fatos.










Razão e Sensibilidade

Após a morte de Mr. Dashwood, a propriedade onde sua segunda esposa e as 3 filhas viviam passa para  seu filho do primeiro casamento. Elinor, Marianne, Margaret e Mrs. Dashwood são então deixadas apenas com uma pequena pensão, e se vêm obrigadas a encontrar um outro lugar para morar. Antes de se mudarem, Elinor conhece o cunhado de seu meio-irmão, Edward Ferrars, por quem se apaixona. Mas Fanny (irmã de Edward), a timidez do rapaz e a dificuldade de Elinor de demonstrar seus sentimentos atrapalha a situação, tendo a moça que partir antes que um dê ao outro a certeza de seus sentimentos.
Por outro lado, quando se mudam, Marianne conhece John Willoughby, por quem se apaixona apesar das intenções de Coronel Brandon para com ela. Marianne se deixa levar pelo sentimento, muito mais emotiva que a contida Elinor que sofre em silêncio.



1995 - Direção de Ang Lee
Com Emma Thompson (além de viver Elinor ela também escreveu o roteiro, o que lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro adaptado), Kate Winslet (Marianne), Hugh Grant (Edward), Alan Rickman (Coronel Brandon) e Greg Wise (Willoughby), talvez tenha sido a primeira adaptação de Jane reconhecida (além de ter sido seu primeiro romance publicado).





2008 - BBC
Série de 3 episódios, com Hattie Morahan (Elinor), Charity Wakefield (Marianne), Dan Stevens (Edward), David Morrissey (meu amigo de Doctor Who; Coronel Brandon) e Dominic Cooper (Willoughby). P.s.: ainda não vi essa versão.











Mansfield Park
Ainda criança Fanny passa a viver com os parentes ricos em Mansfield Park, e apesar de ter que lidar com um certo tipo de preconceito e a se acostumar com a vida ali, ela faz amizade com seu primo, Edmund, o único com o qual sente que pode contar. Com o passar do tempo ela acaba se tornando uma mulher que chama atenção por sua beleza e também valores, e com a chegada dos novos vizinhos, os irmãos Mary e Henry Crawford, Edmund se vê atraído por Mary e Fanny acaba chamando atenção de Henry.
Porém, é por Edmund que ela sente amor verdadeiro.



1999 - Direção e adaptação de Patricia Rozema
Com Frances O’Connor (Fanny) e Jonny Lee Miller (Edmund).











2007 - BBC
Com Billie Piper (her name was Rose Fanny) e Blake Ritson (Edmund). Algumas pessoas não gostam dessa adaptação. Ainda não vi a primeira para poder comparar, mas de qualquer forma eu gostei. Não sei se é porque eu já conhecia a atriz principal ou se porque eu fiquei animada demais vendo que não prestei atenção nos detalhes; a única coisa que percebi é que a opinião de Fanny me pareceu ter sido tratada de maneira meio que superficial, sem se aprofundar muito. De qualquer forma, achei um bom filme para tv. Depois que eu ler e ver a primeira versão, tirarei melhores conclusões.





Persuasão
Anne Elliot vive com a culpa das decisões que foi persuadida pela viúva Lady Russell a fazer no passado, quando tentou evitar um casamento desfavorável com Frederick Wentworth, apesar de amá-lo. 7 anos depois seu pai precisa alugar sua propriedade para quitar dividas, e Anne descobre que o cunhado do seu ex-noivo, Almirante Croft, passará a viver ali. Ela acaba indo passar um tempo com a família da irmã Mary, os Musgroves, porém lá ela encontra Frederick que acabou fazendo fortuna e aparentemente tem a intenção de se casar com uma das cunhadas de sua irmã Mary.
Anne passa então a ter que lidar com seus sentimentos, enquanto Frederick, ressentido, tenta entender suas atitudes.



2007 - PBS 
Com Sally Hawkins (Anne) e Rupert Penry-Jones (Captain Frederick).
Em "quesito desenvolvimento", talvez esse seja meu preferido depois de Orgulho e Preconceito. Acho que por mais que as semelhanças entre as obras dela sejam grandes, as diferenças também são marcantes. Cada personagem tem uma personalidade diferente, e acredito que Anne é a mais "real" e complexa de todas as heroínas de Austen.










Northanger Abbey
Catherine Morland, apaixonada por romances góticos, tem a oportunidade de visitar Bath com a família Allen. Lá ela conhece Henry Tilney e Isabella Thorpe, e apesar de fazer amizade com Henry e sua irmã, Isabella tenta mantê-la afastada deles e aproximá-la do irmão. Catherine acaba recebendo um convite do Mr. Tilney, pai de Henry, para conhecer Northanger Abbey, lugar de onde já ouviu muitas histórias como aquelas de seus livros. Mas acaba confundindo realidade com ficção e percebe a importância que a sociedade da época dava ao bom casamento, posição social e dinheiro.



2007 - Granada Television /ITV Productions/WGBH
Com Felicity Jones (Catherine), JJ Feild (Henry) e Carey Mulligan (Isabella). Eu jurava que era da BBC haha a adaptação tem um certo tom fantasioso, e no começo a gente até duvida que seja da Jane Austen. Catherine me pareceu de uma certa forma manipulada pelas outras pessoas (em alguns momentos eu perguntava "what's going on girl? what's your fucking problem?") mas quem me conquistou mesmo foi o JJ como Henry Tilney. Ele tem aquele ar charmoso que no começo você não sabe se é o tipo de "homem-problema" dos livros da Austen, mas depois você percebe que ele é assim mesmo, bom demais para ser verdade (acho que falei demais rs).






Emma
Depois de ajudar um bom casamento a ser realizado, Emma decide que a partir daquele momento ela dedicaria seus esforços para ajudar sua amiga a se casar. Porém seus prós á um casamento favorável são maiores que ao casamento realizado por sentimento. (Me perdoem, faz um tempinho que vi esse filme e isso é o máximo que consigo me lembrar)

1996 - Direção e adaptação de Douglas McGrath
Com Gwyneth Paltrow (Emma) e Jeremy Northam (Mr. Knightley).
Eu sinceramente não gostei, só assisti mesmo pela Gwyneth e pela Jane. De todos os enredos, esse é o que menos te prende e a Emma é a personagem menos interessante (para mim). Mr. Knightley disse que ela lidava com as pessoas como se fossem peças de xadrex, o que concordo, mas o 'lado bom' é que ela é a mais próxima (entre as personagens centrais) da maioria das mulheres da época.






2009 - BBC
Com Romola Garai (Emma) e Jonny Lee Miller (Mr. Knightley)
Olha o Jonny aí de novo... ainda não vi essa adaptação também. Mas dizem que vale a pena pelo cenário e produção em geral.















Sobre Jane:
 - Amor e Inocência (2007)
Jane tem uma ideia sobre casamento bem diferente das outras pessoas. Sua mãe teme que ela passe o resto da vida sozinha sem ter como se sustentar e deseja que Jane se case, porém a jovem quer simplesmente focar nos livros que quer escrever. Jane acaba conhecendo Thomas Lefroy, um homem de má reputação e aparentemente arrogante, mas que acaba lhe atraindo.
Apesar de ser baseado na vida de Jane (a maior parte é ficção, e não se sabe se a relação entre Jane e Lefroy realmente aconteceu), o filme tem um tom digno de seus romances. Dá para perceber características de seus futuros personagens aí, além de mostrar bem a personalidade de Austen tão diferente das mulheres de sua época.
Com Anne Hathaway (Jane) e James McAvoy (Lefroy).





 - Miss Austen Regrets (2008)
E aí vem mais um dos meus preferidos...
Baseado nas cartas para Cassandra e Fanny, Jane já está nos seus quase 40 anos e diz que apesar da vergonha de permanecer solteira ainda assim está contente desse jeito. Ela recebe cartas de sua sobrinha Fanny que pede para que conheça Mr. Plumptre, por quem está apaixonada e com quem pretende se casar, procurando a aprovação da tia como decisão final.
Jane vivia em Hampshire com a irmã Cassandra e a mãe, na propriedade que seu irmão corria o risco de perder. Além disso, ela encontra dificuldade em relação à publicação de seus livros, e sente o peso de duas decisões onde poderia ter se casado e ter proporcionado uma vida melhor para sua família ao invés de ter escolhido permanecer sozinha se recusando a casar sem sentimento.
Com Olivia Williams (Jane), Greta Scacchi (Cassandra) e Imogen Poots (Fanny). Ah, e my pretty little boy Tom Hiddleston (Mr. Plumptre).
Acho que não existe melhor filme para quem quer conhecer sobre Jane Austen, mesmo que não tenha mostrado os momentos das decisões que ela fez no passado. Foca na sua relação com sua mãe, seu irmãos, sua sobrinha e a influência que ela já tinha na época. Miss Austen Regrets é uma homenagem digna à autora, nos faz nos aproximar dela ainda mais e a conhecer não somente sobre sua vida, mas também sobre seus sentimentos.


"Mas que barulho fazemos sobre quem devemos escolher... e o amor ainda morre e o dinheiro ainda desaparece. E toda mulher (solteirona, casada, viúva) toda mulher tem arrependimentos. Então lemos sobre suas heroínas e nos sentimos jovens novamente, e apaixonadas e cheias de esperança, como se pudéssemos escolher outra vez."






Jane Austen nasceu  em 16 de dezembro de 1775 em Steventon no condado de Hampshire, Inglaterra, e era a segunda de 8 irmãos. Faleceu em 18 de julho de 1817 aparentemente de  mal de Addison, sem nunca ter se casado . É considerada uma das melhores escritoras de todos os tempos por uns e odiada por outros, mas é inegável sua extrema importância na literatura inglesa e sua influência no feminismo.

(Fonte)

Essa não vai ser a única postagem sobre Jane por aqui. E ficou meio vago, confesso, mas achei que seria uma boa maneira de começar o blog. Não sou tão boa escrevendo sobre ela (sobre qualquer coisa, na verdade), mas com o passar do tempo vou me aprofundando mais e prometo trazer minha opinião e mais conteúdo sobre suas obras.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Hello y'all

Eu ia começar o blog já com uma postagem direta, sem muitas apresentações. Mas confesso que hoje estou animada e me deu uma vontade enorme de fazer algo mais, digamos, digno para as pessoas que vão passar por aqui (aka vermelhas do meu coração, e mais algumas pessoas muito legais por decidirem me aturar por mais alguns parágrafos).
Vocês sabem que nem sempre é fácil dizer as coisas que queremos, por mais pequenas e bobas que sejam. Você se sente impotente quando não pode/consegue expressar sua opinião, quando não consegue dizer algo que talvez faça toda a diferença em um momento, ou quando não consegue falar sobre seus sentimentos por mais que sinta que precisa fazê-lo. É como se algo ficasse engasgado na sua garganta, te sufocando e te deixando viva ao mesmo tempo... não são só palavras, tem algo à mais que você não consegue descobrir o que é.
Bom, em um dia glorioso de "I wanna change my life" eu decidi que iria me empenhar mais a resolver esse problema (porque será que isso acontece tão frequentemente hein?). E aqui está parte da solução.
Com as palavras. Não que eu consiga me abrir aqui, falar o que sinto e encher o blog com minhas preocupações repetitivas, meus medos etc (que até mesmo eu já estou cansada deles; estou tentando mandá-los em uma viagem para outro planeta á milhões de anos-luz de distância de mim - é claro que eles não querem ir). Mas com as coisas que gosto, falando sobre os livros que me fazem pensar, os filmes que me deixa entusiasmada, as séries que me fazem chorar e rir ao mesmo tempo, as músicas/bandas/cantores & cia que me acompanham todos os dias... As pessoas que me inspiram e, mesmo sem nem me conhecer, são de alguma forma minhas amigas.
Já a "outra-coisa-que-não-se-sabe-o-que-é" a gente descobre com o tempo. Não descobre? Espero que sim.
Eu queria ocupar meu tempo com algo que valesse a pena, mas para mim. E se aqui não me ajudar a descobrir o que realmente gosto de fazer, não me ajude a me encontrar... que seja. Por hoje vou aproveitar as coisas que me fazem bem.

Então, é isso. Filmes, música, séries, livros, my people... e só Deus sabe mais o quê. (Se começarem achar tudo muito confuso, não se assustem: eu sou exatamente assim.)